Não busque uma forma (fôrma), mas uma forma…

por Rosangela Lambert

Você sabe como preparar encontros sonoro-musicais para grupos de idosos? O SonorIDADES 60+ de hoje vai te dar algumas sugestões!

Como já conversamos em outro post, não devemos considerar os idosos como iguais, mas buscar compreender suas singularidades. Se você trabalha com um único idoso de cada vez, o planejamento poderá ser personalizado, atentando para suas necessidades, contexto e particularidades. Contudo, se você trabalha com grupos, sugiro que planeje encontros mais estruturados, divididos em fases e conduzidos por uma sequência de propostas.

Baseada em minha experiência, acredito que encontros estruturados contribuem para o engajamento nas propostas e coesão dos participantes.

Ressalta-se, porém, que planejar não significa limitar a liberdade, nem tão pouco “mecanizar” o encontro, tornando-o inexpressivo. O profissional qualificado, sensível e atento, estará apto à elaboração do planejamento prévio e aos devidos ajustes na condução in loco. Tal qual uma bússola, o planejamento indica os caminhos. Valentin, Sá e Esperidão (2013, p.121), ressaltam que é preciso

“Observar a coesão e a coerência entre as atividades, de modo que não se dispersem em distintas direções. Manter uma linha ininterrupta que integre gradualmente as distintas atividades desde a primeira até a última, de modo que nada fique jogado ao acaso.”

Lembre-se que o encontro sonoro-musical não é um conjunto de experiências aleatórias aplicadas “em série”, por isso é fundamental que sejam devidamente planejados à luz dos objetivos e em conformidade com as necessidades e características de cada grupo.

Sugestão de “roteiro” para encontros semanais de uma hora:

✔️ Acolhida (canções de acolhida, cirandas);

✔️ Aquecimento corporal (dança, roda cantada, expressão corporal);

✔️ Jogo musical, trabalho com canções, rodas de improvisação, paródias, entre outros;

✔️ Fechamento e despedida (roda de conversa, dança circular, músicas para relaxamento e despedida).

REFERÊNCIA:
Valentin, F., Craveiro de Sá, L. C. & Esperidião, E. (2013). Práticas Musicoterapêuticas em grupo: Planejar para intervir. Revista Brasileira de Musicoterapia, (15), 118-131.

Estruturar se refere a organizar, a sistematizar, e não a fechar. Maristela Smith

Nos vemos no próximo SonorIDADES 60+