Quem DANÇA seus males espanta!

Por Rosangela Lambert

A frase original não é “Quem canta seus males espanta”? Confira neste post que dançar também faz muito bem à saúde física, mental e social dos idosos.

A capacidade cognitiva é determinante para a qualidade de vida na velhice. Estudos evidenciam que o déficit cognitivo tem forte associação com a alteração da mobilidade, além de desorientação espacial e comprometimento das funções executivas. Praticar exercícios físicos pode melhorar a saúde mental, contribuindo de maneira significativa, para prevenção de desenvolvimento de demências e depressão.

A dança pode, portanto, ser uma interessante alternativa, pois promove, além da atividade corporal, experiência estética, de beleza, de expressão e de emoções positivas. Está, sem dúvida, relacionada à melhoria da qualidade de vida de pessoas idosas, por questões de mobilidade, cognitivas e psicossocial.

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Você conhece a Dança Sênior?

 Ilse Tutt (1911-1997), coreógrafa e psicopedagoga social, nascida na Alemanhã, foi a criadora da “Dança Sênior”, em 1970. Trata-se de uma dança que se utiliza de movimentos simples, praticados sentados ou em pé, de forma rápida ou lenta, usando ou não acessórios, em círculos, duplas ou pequenos grupos. Para cada música, uma coreografia pré-determinada, tendo como principal repertório, músicas folclóricas de diversos povos do mundo. Os estilos podem variar entre polca, valsa, marcha, xote, quadrinha, entre outros.

A Dança Sênior chegou ao Brasil em meados de 1978, por uma de suas multiplicadoras, Christel Weber. A partir de 1982 passou a ser aplicada no Ancianato Bethesda, culminando com a criação da Associação de Dança Sênior, em Pirabeiraba, Santa Catarina, no ano de 1993. Diversos cursos de formação foram preparados e são ministrados em várias localidades brasileiras.

Praticar Dança Sênior é gratificante. A sincronia entre ritmo, melodia e movimentos corporais promove treino cognitivo, pois é preciso memorizar as coreografias, movimentos dos membros superiores e inferiores, sensação de bem-estar, autoestima, pertencimento e socialização.

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O que é preciso para ser um Dirigente de Dança Senior?

Dirigentes de Dança Sênior são exclusivamente preparados e formados em cursos oficiais, oferecidos pelo Instituto Bethesda, com representantes em várias capitais brasileiras. Os cursos são divididos em módulos:

Básico 
Danças em Pé – A 
 Progressivo A
 Avançado A
 Habilitação A
Danças Sentadas – B 
 Progressivo B
 Avançado B
 Habilitação B

Além destes módulo para formação plena dos Dirigentes, o Instituto oferece módulos opcionais,  como Módulo I, II e III, nos quais são trabalhadas outras coreografias.  

Em movimento: o discurso da dança

O aprendizado das coreografias envolve, além dos aspectos físicos, aspectos cognitivos para memorização e compreensão dos detalhes dos movimentos e aspectos psicológicos, como o sentimento e as emoções produzidas ao se executar determinados passos de dança.

A Dança Sênior traz, pois, muitos benefícios à vida dos idosos, contribuindo para:

  • A construção de novas amizades;
  • A melhora do relacionamento social;
  • O aprendizado de coisas novas;
  • Evitar o sedentarismo;
  • Melhorar a saúde física;
  • Fortalecer a autoestima;
  • Divertir e vivenciar emoções positivas;
  • Realização pessoal.
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Podemos finalizar, afirmando que a dança é uma das atividades em que o homem se encontra totalmente engajado, corpo, mente e espírito.

Sob esta perspectiva, diríamos que a Dança Sênior é um trabalho de valor terapêutico, pois não se atém ao desempenho perfeito dos passos, mas se remete ao mundo interior de cada participante, que contribui e participa com o seu “eu”, inteiro. É uma experiência do “aqui e agora”, um tempo precioso a ser vivido e degustado com alegria e prazer.  

Para saber mais: http://www.portalbethesda.org.br/danca-senior/