Você é consciente da responsabilidade que tem nas mãos?
Por Rosangela Lambert
Como educadores (ou terapeutas) devemos ser eticamente responsáveis e amorosamente comprometidos. O que isso quer dizer? Vamos refletir um pouco sobre isso no Minuto Musical de hoje.
Tomemos como exemplo, o vídeo abaixo:
Foram apresentadas às crianças duas músicas do repertório indígena. Primeiramente, “estranhamento” e até repulsa. Por que? Porque não lhes era familiar. É fato que as crianças e também os adolescentes, aprendem a gostar daquilo que mostramos a eles no dia a dia. Enquanto agentes musicalizadores, devemos proporcionar encontros sonoros de diversas gramáticas e idiomas, a fim de gerar familiaridade.
É inegável a força da experiência. Ela é fundamental para a transformação das preferências musicais e para o aprendizado ao respeito e à apreciação do diferente.
Afinal, onde está nossa responsabilidade? Está justamente em proporcionar tais experiências, às quais as crianças dificilmente conheceriam no seu cotidiano. Minha prática tem comprovado como as crianças são abertas a novos repertórios porque, para elas, o elemento mais importante que extraem das experiências musicais é o afeto implícito nestas experiências. Conhecer músicas de culturas diferentes da sua, como no exemplo, reduz os estereótipos que as crianças têm de outros povos. Tais experiências representam ainda, oportunidade de aprender sobre pessoas diferentes e seus estilos de vida, crenças e práticas sociais.
Portanto, mãos à obra: ser eticamente responsável e amorosamente comprometido, implica em estar aberto ao novo, pesquisar repertório, preparar atividades envolventes a fim de proporcionar verdadeiras experiências para seu público!
Sugestão de material: Livro/CD: Outras Terras, Outros Sons (Berenice de Almeida e Magda Pucci).
Nos vemos no próximo Minuto Musical!