Por uma educação permanente

por Rosangela Lambert

Até meados do século XX a velhice era vista somente como um período de declínio físico e cognitivo, em oposição a possibilidades de desenvolvimento, isto porque grande parte dos idosos adoecia mais cedo e tinha uma vida mais breve do que se observa nos tempos atuais. Gradativamente, com o crescente aumento da expectativa de vida,  mais pessoas estão envelhecendo de forma saudável, com sua cognição preservada e ativa participação social. Neste contexto, o acesso à educação na velhice representa possibilidades de desenvolvimento e interação  ao promover oportunidades de novas descobertas e experiências, elementos essenciais à preservação e manutenção de uma vida com mais qualidade.

O 2º componente do documento “Envelhecimento Ativo”, “aprendizagem ao longo da vida”,  enfatiza que aprender é fundamental para o contínuo desenvolvimento, promoção de bem-estar e qualidade de vida. Importante ressaltar que o documento não se refere apenas à aprendizagem sob o ponto de vista formal, mas sobretudo para as pessoas idosas, à aprendizagem experenciada no cotidiano, em casa, no trabalho e em atividades de lazer, com objetivos voltados para a sua qualidade de vida.

A educação para os idosos pode contemplar diversos objetivos, como ocupação do tempo livre, reciclagem intelectual, participação com seus iguais de seu próprio processo formativo, busca de contato social e motivos orientados ao seu bem-estar físico, emocional e qualidade de vida, contexto em que o  aprender não representa, necessariamente, um fim em si mesmo, mas um processo de interação a partir do qual a pessoa encontra propósitos, metas ou crescimento para sua vida.

A música é grande aliada no processo de aprendizado de todas as faixas etárias. Além de conteúdos musicais, são oportunizadas experiências válidas para a vida.

Neste exemplo as idosas tiveram oportunidades para:

✔️ Exercitar a memória operacional;
✔️ Vivenciar forma musical;
✔️ Aguçar sua percepção;
✔️ O fazer musical ativo;
✔️ Trabalho colaborativo;
✔️ A escuta de si e do outro;
✔️ Socialização;
✔️ Vivenciar ritmo;
✔️ Experiência estética;
✔️ Valorização da autoestima;
✔️ Senso de pertencimento;
✔️ Relações interpessoais;
✔️ Muita diversão.

Sugestão de leitura: Envelhecimento Ativo: uma política de saúde

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