Um modelo… para mim… um caminho!

por Rosangela Lambert

Existem muitos caminhos possíveis para o fazer musical, não é mesmo? O Minuto Musical de hoje – e alguns próximos – vão apresentar um modelo que norteia meu caminho. C(L)A(S)P, é seu nome!

O Modelo C(L)A(S)P de Educação Musical, proposto por Keith Swanwick, propõe 5 modalidades da experiência musical:

Composition – Criar, improvisar, inventar sons e música
Literature – Assuntos sobre música
Appreciation – Apreciação, escuta ativa, atenta
Skill – Aquisição de habilidades técnicas
Performance – Executar, tocar, cantar, “performar”, fazer musical

De acordo com o modelo, das 5 modalidades, 3 são principais (primárias): CAP, e 2 (L) e (S), periféricas (secundárias). Importante considerar que todas elas são importantes e que devem ser trabalhadas em equilíbrio.

Se usamos a música em contextos de educação e/ou saúde, podemos utilizar o modelo como norteador de nossas práticas, Saliento que ele é aplicável mesmo aos profissionais que não têm formação em música, como pedagogos. Ele nos convida a refletir sobre o planejamento: “Será que meu aluno ou cliente tem espaço para criar sons e música ou tudo deve ser reproduzido?” “Será que minhas propostas estão focadas em assuntos sobre música e não no fazer musical ativo?” “Será que meu público experiementa uma escuta atenta?”

A partir do modelo, é possível planejar a sequência do que se deseja abordar de forma progressiva, contínua e equilibrada. Ele ainda propõe diversidade, pois se meu aluno ou cliente cria, escuta, toca, aprende, conhece e desenvolve habilidades, os encontros musicais tornam-se verdadeiras aventuras, no melhor sentido do termo!

Vale ressaltar que, em cada encontro, aula ou sessão, não é necessário que sejam contempladas as 5 modalidades, mas que, ao longo dos encontros, exista coesão e equílibrio entre elas.

Assista ao vídeo e procure identificar quais modalidades foram contempladas:

Encontramos, na literatura brasileira, a traduação do modelo C(L)A(S)P para TECLA:

✅ Técnica
✅ Execução
✅ Criação
✅ Literatura
✅ Apreciação

Entendemos, contudo, que a tradução não contempla a essência da proposta original, na qual as modalidalidades principais (CAP), aparecem dispostas em um “tripe” e, secundárias a elas, as modalidades (L) e (S). Na traduação TECLA, a técnica, que é periférica, aparece como primeira modalidade.

Nas próximas semanas, detalharei um pouco mais cada uma das modalidades!

Não perca o próximo Minuto Musical!